Foto: Magni

Foto: Magni


Foto: Magni
Na abertura da nona rodada da Serie A, a Atalanta foi até Gênova enfrentar a Sampdoria, que ainda não havia vencido em casa. Porém, mesmo sem muita inspiração, a Samp acabou ganhando pelo placar mínimo, gol contra de Cigarini. Esse foi o segundo triunfo seguido dos blucerchiati, se distanciando da zona de rebaixamento e, ao mesmo tempo, quebrando a série de três vitórias em sequência da Atalanta.

OS JOGADORES

O técnico Stefano Colantuono repetiu o esquema 4-4-1-1 que vinha dando certo nas últimas rodadas, porém, com duas alterações. Lesionados, Lucchini e Bonaventura ficaram de fora e fizeram muita falta. No lugar de Lucchini, na defesa, o colombiano Mario Yepes foi o titular. Sempre muito lento na recuperação, o experiente atleta de 37 anos foi batido facilmente em lances de velocidade. Na vaga de Bonaventura, o treinador neroazzurro fez a estranha escolha por Franco Brienza. O volante foi escalado na ala direita do meio campo, no lugar de Raimondi, que foi improvisado no lado esquerdo. Sempre que foi acionado, Brienza foi inútil. Não se apresentou para o jogo, não marcou bem, não atacou bem e sumiu na maior parte do tempo que esteve em campo, além de ter errado muitos passes.

Ainda no primeiro tempo, o capitão Bellini sentiu uma lesão muscular e deixou o campo para a entrada do jovem Nica. O inexperiente romeno acabou sendo expulso no segundo tempo e complicando ainda mais a situação da Atalanta.

O JOGO

A Atalanta sentiu falta de Bonaventura, e Moralez ficou sobrecarregado na armação. Os neroazzurri exploraram pouco as laterais, com exceção de Raimondi no primeiro tempo, pela esquerda.

Um dos fatores que contribuíram para a vitória atalantina sobre a Lazio, na rodada oito, foi justamente o apoio pelos lados do campo e a velocidade de movimentação de todos os jogadores do meio campo e ataque. Fora de casa, Colantuono esperava uma Sampdoria mais incisiva e que tomasse a iniciativa do jogo, deixando espaço para o contra-ataque. Porém, na prática, o que aconteceu foi o contrário. Pressionada pelo péssimo início de temporada e por, até então não ter ganhado ainda no Estádio Luigi Ferraris, o time genovês teve sérias dificuldades para ter o controle da bola. 

De repente, a Atalanta se viu com mais posse e a bola nos pés para ter a iniciativa de jogo. No entanto, a equipe não estava preparada para essa situação e cozinhou a partida em boa parte dos primeiros 45 minutos. Mesmo assim, os atalantinos tiveram algumas boas oportunidades de abrir o placar, mas sem sucesso.

No segundo tempo, o técnio Delio Rossi colocou Gentsoglou no lugar de Palombo, inexistente até então. A Sampdoria voltou mais disposta e teve três chances claras de gol nos dez primeiros minutos. O goleiro Consigli apareceu muito bem, novamente. Mas aos 12 minutos, não teve jeito. Escanteio cobrado da esquerda, Mustafi cabeceou, Cigarini tentou tirar com o braço e marcou contra. Em um primeiro momento, o árbitro Massimiliano Irrati anulou a jogada, assinalou pênalti e expulsou Cigarini. No entanto, Irrati voltou atrás, concedeu o gol e retirou o cartão vermelho, depois de consultar o árbitro auxiliar.

Somente depois de levar o gol foi que Colantuono resolveu mudar o time. Porém, as alterações pouco mudaram o cenário, já que com a expulsão de Nica, por falta dura em Eder, a situação ficou muito mais difícil. A Atalanta seguiu sem movimentação e sem ação ofensiva. Apenas Denis, dentro de suas limitações, tentou sair de sua posição para ajudar o time. 

No meio de semana, a Atalanta volta a campo para a disputa da 10ª rodada da Serie A. O adversário da vez será a Inter de Milão, em Bérgamo. A partida será na terça-feira, às 17h45 (Brasília).


FICHA TÉCNICA

Estádio: Luigi Ferraris
Cidade: Gênova, Liguria
Árbitro: Massimiliano Irrati
Gol: 57' Cigarini - gol contra (SAM)
Cartões amarelos: Eder (SAM), Gastaldello (SAM), Cigarini (ATA), Yepes (ATA), Costa (SAM)
Cartão vermelho: Nica (ATA)


ESCALAÇÕES

SAMPDORIA (3-4-1-2): Da Costa; Mustafi, Gastaldello, Costa; De Silvestri, Palombo (46' Gentsoglou), Obiang, Regini; Bjarnason; Eder (78' Soriano), Gabbiadini (83' Pozzi). TÉCNICO: Delio Rossi

ATALANTA (4-4-1-1): Consigli; Bellini (23' Nica), Stendardo, Yepes, Del Grosso; Raimondi, Cigarini, Carmona, Brienza (59' Livaja); Moralez (83' De Luca); Denis. TÉCNICO: Stefano Colantuono
Foto: Magni

Foto: Magni

Foto: Magni

A Atalanta recebeu a Lazio no domingo (20/10), pela oitava rodada da Serie A, e chegou a terceira vitória seguida. Apesar da pouca ousadia do técnico Stefano Colantuono, os jogadores neroazzurri se superaram em campo, em mais uma ótima partida, e passaram pela a apática atual campeã da Coppa Italia, por 2 a 1. Gols de Cigarini e Denis.

O JOGO

A partida começou movimentada, mas com poucas chances de gol para ambos os lados. A primeira finalização certa foi acontecer somente com 34 minutos de bola rolando, e foi da Lazio, mas sem grande perigo. Jogando em casa, a Atalanta procurou dar velocidade ao jogo. Moralez foi, mais uma vez, o jogador com liberdade para criar no meio campo. O argentino se movimentou bastante, como de costume, mas não conseguiu furar o paredão azul celeste. Porém, esteve longe de ter uma atuação ruim, apenas regular. Na esquerda, Bonaventura não teve grande desempenho, muito pela marcação eficiente de Cavanda, na grande parte do tempo. Mesmo assim, Bona conseguiu se desvencilhar do marcador em alguns momentos e levar perigo.

A Dea se aproveitou de uma incomum apática Lazio, para, com velocidade, assustar o goleiro Marchetti. Quando a retaguarda laziale foi rompida, aconteceram três chances de gol clamorosas da Atalanta, quase que em sequência. Na primeira, Cigarini encontrou Del Grosso na esquerda, que cruzou rasteiro de primeira para dentro da área e Bonaventura, também de primeira, finalizou para grande intervenção do arqueiro adversário. Na segunda, Bonaventura avançou pelo meio, tocou para Cigarini, que encontrou Moralez entrando no meio da área, com um lindo passe em elevação. O argentino tocou por cima de Marchetti, mas Cavanda salvou em cima da linha. Na terceira, novamente Bonaventura tentou cruzar da esquerda, Ciani desviou para a entrada da área e, de primeira, Cigarini acertou um bonito chute no cantinho, abrindo o placar. Note que nas três oportunidades, Cigarini teve papel fundamental, seja na criação ou finalização.

No segundo tempo, a Atalanta voltou com o pé um pouco mais no freio. Afinal de contas, não tinha como manter o ritmo da primeira etapa o tempo todo, ainda mais com vantagem no marcador. Porém, em uma desatenção monstruosa de Del Grosso e Lucchini, Perea dominou a bola dentro da área e, de biquinho, empatou a peleja. Apesar do gol, o time da capital continuou com os mesmos vícios de antes: insistir apenas em finalizações de longa distância e sem explorar as laterais, por exemplo.

Em um espaço de dez minutos, Colantuono perdeu dois atletas por lesões musculares. O primeiro foi Lucchini. O defensor, que tem histórico de contusões, sentiu a parte de trás da coxa e pediu para sair, aos 57 minutos. Yepes foi escolhido para recompor a zaga. Apesar de lento na recuperação, o experiente colombiano não comprometeu. Outra alteração aconteceu quando Bonaventura também deixou o gramado sentindo a parte posterior da perna esquerda. A essa altura, a partida estava empata em 1 a 1, resultado que não era bom para as duas equipes. Com boas e diversificadas opções no banco para tornar a Atalanta mais ofensiva, o treinador atalantino preferiu promover a entrada do volante Brienza. Mais tarde, Colantuono trocou Moralez por outro meia, Baselli. Está certo que Moralez estava cansado, mas poderia ter tirado o volante Carmona para colocar um atacante. Faltou ousadia.

Apesar da covardia do técnico, os atalantinos chegaram ao gol do triunfo aos 84 minutos, graças a Luca Cigarini. O camisa 21 roubou a bola no meio campo e deu outro passe magistral, encontrando Denis livre e em posição legal entre os zagueiros da Lazio. O Tanque invadiu a área, driblou Marchetti com muita habilidade e completou para o gol vazio.

No âmbito geral, a vitória da Atalanta foi merecida. Foi quem teve sempre a iniciativa de ataque e as melhores oportunidades. Mas fica o sinal de alerta para Colantuono, que pode deixar de ser tão covarde em momentos importantes como o dessa partida. Apesar da vontade de empatar do treinador, graças a Cigarini, a bergamasca chegou a sua terceira vitória seguida. Com o resultado, a Atalanta pulou para a sétima colocação, com 12 pontos. Na próxima rodada, o adversário será a Sampdoria, em Gênova.


FICHA TÉCNICA

Estádio: Atleti Azzurri d'Italia
Cidade: Bérgamo, Lombardia
Árbitro: Carmine Russo
Gols: 42' Cigarini (ATA), 53' Perea (LAZ), 84' Denis (ATA)


ESCALAÇÕES

ATALANTA (4-4-1-1): Consigli; Bellini, Stendardo, Lucchini (60' Yepes), Del Grosso; Raimondi, Cigarini, Carmona, Bonaventura (69' Brienza); Moralez (83' Baselli); Denis. TÉCNICO: S. Colantuono

LAZIO (4-3-3): Marchetti; Cavanda, Ciani, Cana, Lulic; Onazi, Biglia, Hernanes (79' Klose); Felipe Anderson (46' Candreva), Perea, Floccari (69' Keita). TÉCNICO: V. Petkovic
Foto: Magni
Foto: Magni
Foto: Magni

Foto: Magni
Foto: Magni
A Atalanta foi até Verona, no sábado (05/10), e bateu o Chievo pelo placar mínimo, emplacando a segunda vitória seguida na Serie A. O gol solitário de Maxi Moralez também garantiu a quebra de um tabu: esse foi o primeiro triunfo atalantino fora de casa contra os “clivensi”.

ANTECEDENTES

O técnico Stefano Colantuono repetiu a formação tática que deu ótimos resultados contra a Udinese, na última rodada. A única alteração no 4-4-1-1 foi feita na lateral esquerda, com Brivio ganhando o lugar de Del Grosso, lesionado. 

Lucchini parece ter ganhado a confiança do treinador e, mesmo com a recuperação de Yepes, segue muito seguro ao lado de Stendardo na defesa. No meio, Moralez foi mantido na armação, enquanto Bonaventura ficou na esquerda.


O JOGO

A partida começou com poucas chances efetivas de gol, mas bastante movimentada. O Chievo, dono da casa, tomou a iniciativa do jogo, mas não conseguiu entrar na área para finalizar, em um primeiro momento. A equipe gialloblù ficou refém dos cruzamentos e, principalmente, dos lances de genialidade de Paloschi. Neste instante, a Atalanta conseguiu sair em contra-ataques perigosos em velocidade. Em um destes lances, mais precisamente na primeira finalização, os neroazzurri abriram o placar. O bom entrosamento da equipe bergamasca permitiu troca de passes rápidos, até lançamento para Raimondi, na área, escorar e encontrar Moralez com liberdade para marcar um bonito gol de voleio.

A partir de então, Colantuono tomou uma decisão arriscada: a de segurar o resultado se defendendo a qualquer custo. O Chievo cresceu no jogo e, além de Paloschi, Thereau começou a aparecer para levar perigo.

Na segunda etapa, a Atalanta continuou retraída, se defendendo em bloco dentro de sua própria área. Uma decisão que não se mostrou boa contra o Cagliari, na primeira rodada, e contra o Parma, na quinta rodada. Nesses dois jogos, Colantuono utilizou a mesma técnica e facilitou a vida dos adversários. Fechada dentro de sua defensiva, a Atalanta permite espaços para criação de jogadas pelo meio e pelas laterais, com cruzamentos. A pressão aumenta e o outro time tem mais chances de marcar um gol.

Mesmo assim, a Dea teve um ótimo instante no início do segundo tempo, com três finalizações seguidas de Raimondi, Moralez e Cigarini, salvas pelo goleiro Puggioni. No mais, o Chievo foi dono do jogo, sempre muito mais perigoso. Se não fosse por Consigli, atento na meta atalantina, e pela falta de pontaria dos jogadores da “squadra della diga”, o resultado poderia ser outro. Destaque para uma intervenção milagrosa de Consigli, parando uma cabeçada de Pellissier que iria no ângulo, já nos minutos finais.


O CAMPEONATO

Com o 1 a 0, a Atalanta chega aos nove pontos no campeonato, emenda a segunda vitória em sequência e, melhor ainda, sem levar gols. Na próxima rodada, o adversário será a Lazio, em Bérgamo. O duelo acontece no dia 20 de outubro, já que no próximo final de semana é Data FIFA.

O Chievo perdeu o terceiro jogo seguido e continua com apenas quatro pontos nos primeiros 21 disputados, flertando com a zona de rebaixamento. Os comandados de Giuseppe Sannino possuem o terceiro pior ataque da competição, com cinco gols marcados, ficando atrás somente dos lanternas Sassuolo e Sampdoria. Os clivensi terão pela frente o Genoa, adversário direto na luta pela permanência na Serie A.


FICHA TÉCNICA

Estádio: Marcantonio Bentegodi
Cidade: Verona, Veneto
Árbitro: Daniele Doveri
Gol: 16’ Moralez (ATA)

ESCALAÇÕES

CHIEVO VERONA (4-4-2): Puggioni; Sarno, Bernardini (74' Cesar), Claiton, Dramé; Estigarribia (64' Hetemaj), Bentivoglio, Rigoni L., Improta (58' Pellissier); Thereau, Paloschi. Técnico: G. Sannino

ATALANTA (4-4-1-1): Consigli; Bellini, Stendardo, Lucchini, Brivio (86' Yepes); Raimondi, Cigarini, Carmona, Bonaventura (82' Brienza); Moralez (74' Baselli); Denis. Técnico: S. Colantuono